quarta-feira, 25 de setembro de 2013

 

Principais Características

A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos de volume de tráfego,quilometragem do sistema, receita e natureza da composição do tráfego. A tonelada-quilômetro (tkm) é a medida padrão da atividade de frete que considera o peso medido em toneladas e a distância medida em quilômetros da movimentação, é calculada multiplicando-se o numero de toneladas pelo numero de quilômetros para cada viagem. No caso do dutoviário além da medida metro cúbico, adequada a gases e líquidos, que são as cargas mais freqüentes em dutos, usaremos também o tkm para comparar este modal aos demais.A natureza de uma dutovia é singular se comparada aos outros modais de transporte. Os dutos operam24 horas, sete dias por semana com restrições de funcionamento apenas durante manutenção emudança de produto transportado. Ao contrário dosoutros modais, não existe um veículo vazio aretornar uma vez que, dos quatro elementos dotransporte – a via, a unidade de transporte, aunidade de propulsão e o terminal – a dutovia em sicombina três deles: somente o terminal (tanque dearmazenagem, por exemplo) é separado.Os dutos são os que apresentam maior custo fixo e omenor custo variável entre todos os modais. O altocusto fixo resulta do direito de acesso, da construção, da necessidade de controle das estaçõese da capacidade de bombeamento.A área que precisa ser desapropriada para a construção, chamada de faixa de servidão é um dos responsáveis pelo elevado custo fixo. O Gasoduto Brasil-Bolívia por exemplo, com extensão de 2.593 Km somente no lado brasileiro, tem uma faixa de servidão de 20 metros.Como os dutos não necessitam de mão-de-obra intensiva, o custo operacional variável é baixo após a construção. Outro item relevante do custo variável é o monitoramento via satélite usado, por exemplo, pela TBG.Uma desvantagem clara é que os dutos não são tão flexíveis (quanto à rota de distribuição) e são limitados quanto às mercadorias que podem transportar: somente produtos na forma degás, líquido ou mistura semifluida. Experiências relacionadas à movimentação de produtos sólidos na forma de mistura semifluida ou de suspensão hidráulica continuam a ser feitas. Os dutos de mistura semifluidade moinha de carvão tem sido comprovados como um modo eficiente e econômico para o transporte desta commodity em longas distância.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Modal Dutoviario Vantagens e Desvantagens

O transporte dutoviario é feito através de tubos (dutos), esse nome Duto é dado as tubulações que levam grandes quantidades de produtos como petróleo e seus derivados conhecidos como oleodutos.
Os dutos baseiam-se na diferença de pressão. Sua utilização privilegia materiais fluidos, tal como gases, líquidos, sólidos, granulares e Derivados de minério, chamado de mineroduto. O sistema apresenta elevado custo de implantação e baixo custo operacional. Possui pequena flexibilidade, operando apenas entre pontos fixos, são necessários apenas ter estações de bombeamento e recalque. Muitas dutovias são subterrâneas e/ou submarinas, considerado uma vantagem, pois minimizam os riscos causados por outros veículos reduz o custo de transporte (custo variável) e proporciona um menor índice de perdas e roubos.
O modal dutoviário é considerado o mais consistente e frequente de todos os modais. Isso ocorre porque a variância no tempo de transporte é mínima (maior consistência) e as dutovias funcionam 24 horas por dia sete dias por semana com restrições de funcionamento apenas durante manutenção e mudança de produto transportado.
Mapa Dutoviário  Brasileiro
mapa duto
O modal dutoviário atualmente corresponde há a 34% do transporte de derivados de petróleo no país, perde apenas para o modal aquaviário. É o transporte mais seguro, mais rápido, possui o menor custo e o menor impacto ambiental. Ele é adequado a grandes volumes e longas distâncias.. VANTAGENS
  • Alta confiabilidade, pois possui poucas interrupções;
  • Pouco influenciado por fatores meteorológicos.
  • Reduzida possibilidade de perda de produto
  • Reduzida possibilidade de avaria
  • Economia de transmissão em larga escala e longas distâncias
    Continuidade do fluxo
  • Não há necessidade de se usar embalagens;
  • Indicada para o transporte de produtos perigosos
  • Demanda pouca mão-de-obra
DESVANTAGENS
  • Número limitado de serviços e capacidade.
  • Não é indicado para pequenos volumes e distâncias curtas
  • Baixa flexibilidade  quanto à rota de distribuição, sua posição não é fácil de alterar e por este motivo é adequado a produtos que mantenham sua demanda restrita a pontos fixos.
  • Necessidade de grande investimento em capital.
  • Seu uso só pode ser estendido a certos grupos de mercadorias dentro de um mesmo duto, embora seja tecnicamente possível separar um produto de outro sem que eles se misturem durante o transporte, não é aconselhável usar um mesmo duto para carregar parafina e depois leite, por exemplo.
  • Caso haja alguma avaria nos dutos submersos pode causar uma grande catástrofe ambiental.
Segue logo abaixo o vídeo que fala sobre o funcionamento do  sistema  Dutoviario

sábado, 21 de setembro de 2013

EPE: plano de expansão da malha de dutos

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) terminou os estudos de elaboração do Plano Decenal de Expansão da Malha de Transporte Dutoviário do País (Pemat).
O plano, que estabelece a construção e ampliação de gasodutos para o escoamento de gás natural, está sob análise do Ministério de Minas e Energia, que deve divulgá-lo até julho, de acordo com o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.
“O Pemat já está com o Ministério [de Minas e Energia]. Vamos divulgá-lo rapidamente. Não posso confirmar uma data, mas acho que, em dois meses, deve ser divulgado”, afirmou Tolmasquim a jornalistas, depois de participar do Gas Summit – Latin America 2013, no Rio.
Durante a palestra, o presidente da EPE afirmou que a malha brasileira de gasodutos cresceu “exponencialmente” nos últimos anos, mas que continua sendo pequena em relação às de outros países.
Um crescimento mais expressivo, contudo, dependerá da comprovação do tamanho das reservas de gás, afirmou Tolmasquim.
“Os Estados Unidos têm uma série de pontos de oferta de gás, tanto em regiões do litoral quanto do interior. [Essa oferta de gás entre as regiões] possibilita a expansão da malha de gasodutos. O mesmo ocorre na China e na França. Ou seja, tem de ter oferta de gás para termos malha. No momento, não temos oferta de gás. A oferta de gás no Brasil fica restrita ao litoral”, afirmou ele.
Estimativas apresentadas por ele durante a palestra e atribuídas à Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que as reservas de gás no Brasil são de seis trilhões de metros cúbicos, sendo que as reservas provadas totalizam 0,5 trilhões de metros cúbicos.
Fonte: Valor Econômico, Por Diogo Martins


Modal Dutoviario Gasto ou investimento ?




Com o crescimento das cidades houve uma grande necessidade de uma infraestrutura básica para a sobrevivência da população, e uma delas era o contínuo abastecimento de água, surgia ai o transporte dutoviário, através dos aquedutos, a demanda era atendida para o consumo de água encanada.
Mas após a descoberta do petróleo este modal tornou-se um dos principais meios de transporte de óleo e seus derivados correspondendo no Brasil a 34% do transporte de derivados de petróleo no país, ficando atrás somente do modal aquaviário.

O modal dutoviário é normalmente utilizado para produtos como petróleo, óleo, combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene, nafta e outros. O  grande representante deste modal no Brasil é a Transpetro, empresa que é subsidiária da Petrobrás que opera onze mil quilômetros de oleodutos e gasodutos.

Os dutos são construídos de acordo com normas internacionais de segurança, para transporte de petróleo e derivados, álcool, gás e produtos químicos, para longas distâncias.

São construídos com chapas que recebem tratamento especial para evitar corrosão. Nos intervalos das tubulações são instaladas válvulas de bloqueio, que impedem a passagem dos produtos.

As dutovias podem ser de transferência, quando o interesse do carregamento for específico de uma única entidade ou duas, ou de transporte, quando o interesse do carregamento for geral, ou seja, vários clientes de destino.

O transporte dutoviário em sua essência pode ser terrestre ou submarino, sendo que o transporte dutoviário submarino via de regra é submerso, já o transporte dutoviário terrestre pode ser encontrado de três maneiras; subterrâneos, aparentes e aéreos.

É comum ouvirmos a palavra oleoduto, inclusive o mesmo virou ponto de referência em algumas localidades, o nome atribuído ao duto advém do produto que é transportado e sua finalidade, como segue:

• Oleodutos: Transportam petróleo e derivados; meio de transporte preferencial para suprir tanto as refinarias quanto os grandes centros de consumo de derivados; • Gasodutos: Transportam gás que abastece: distribuidoras, residências, estabelecimentos comerciais, indústrias, postos de GNV e usinas termelétricas; • Minerodutos: Cujos produtos transportados são; Sal-gema, Minério de ferro e Concetrado Fosfático; • Polidutos: Transportam dois produtos, porém é aconselhável trabalhar com produtos que tenham características semelhantes, desta forma a espessura da interface que separa os dois será menor.
Em  suma os dutos apresentam pequena possibilidade de avaria ou perda do produto transportado, ele permite que grandes quantidades de produtos sejam transferidas de forma segura, abrandando o tráfego de cargas perigosas através de outros modais, assim, reduz o risco de acidentes ambientais.

Conforme projeção da Matriz de Transportes efetuada pelo Plano Diretor de Desenvolvimento de Transportes (PDDT), as dutovias saltarão para 1,7% de representatividade frente aos 0,8% encontrados no ano de 2000.

Mas o alto custo fixo e a necessidade de grandes investimentos para sua implantação, faz com que ele seja pouco explorado no Brasil, dando lugar a outros modais mais atraentes politicamente.












Por Amarildo Nogueira e Maurício Rio **